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Foto: Gustavo Mansur (governo do Estado)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, na manhã desta sexta-feira, o registro definitivo da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19. Até então, o imunizante tinha apenas o registro para uso emergencial. Vale lembrar que a vacina teve testes realizados com voluntários na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
O anúncio foi feito em transmissão pela internet com membros da agência. O gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, concedeu entrevista coletiva e apresentou resultados das análises feitas pela Anvisa.
- Concluímos que os benefícios superam os riscos - afirmou Mendes.
Na apresentação, a agência conclui que "os dados apresentados até o momento dão suporte para o registro do produto, não se vislumbrando um risco à saúde da população relacionado aos dados faltantes no momento que seja superior à não utilização da vacina".
REMÉDIO APROVADO
Além da aprovação da vacina, o antiviral Remdesivir terá, em bula, a indicação de uso para tratamento da Covid-19. O medicamento foi incluído na indicação de tratamento de pacientes hospitalizados. Rafael Sanchez, especialista da gerência de qualidade de medicamentos da Anvisa, explicou que o medicamento será vendido como um pó solúvel e será dosado com injeções. O tratamento será vendido pelo nome comercial de Veklury, porém não deve ser comercializado em farmácias e ser usado somente em hospitais. Por enquanto os Estados Unidos e a Irlanda são os países com unidades de fabricação do remédio que são fiscalizadas e autorizadas pela Anvisa. Nos Estados Unidos são cinco e na Irlanda um.
A medicação já foi aprovada para uso pelas reguladoras da Europa (EMA), dos Estados Unidos (FDA) e do Canadá, além de outros países. O tratamento pelo medicamento pode ser usado em pacientes a partir dos 12 anos de idade e com pelo mínimo de 40 quilos. A medicação é ministrada por, no mínimo, cinco dias, e é indicada para pessoas com pneumonia e que precisam de suplementação de oxigênio, sem ser pessoas com ventibulação mecânica.
Renata Lima Soares, gerente de Avaliação de Segurança e Eficácia da Anvisa, explicou que o tratamento pode prevenir infecções provocadas pelo coronavírus e que pacientes que foram submetidos ao uso do medicamento tiveram um tempo de recuperação menor em comparação com pacientes com outros tratamentos.
Apesar dos pontos usados pela Anvisa e reguladoras de outro país, a OMS desaprova o uso da medicação. Segundo o órgão internacional, ele não evitou nem mortes e nem o agravamento da doença, além de ter um alto custo.
Até agora, esse é o único medicamento que teve pedido de uso na Anvisa em relação à covid-19. Os outros pedidos ainda são para estudar possíveis alternativas de tratamento.